Com
um futebol coletivo, que encantava qualquer admirador desse esporte, a seleção
da Holanda de 1974, mostrou um conceito diferente de jogar que, além de
esbanjar beleza, também, dava bastante resultado dentro de campo.
As
primeiras participações da seleção holandesa em Copa não foram boas, sendo que
nas décadas de 50 e 60 a mesma ficou fora tanto da Eurocopa quanto do Mundial,
porém em 1974 a história mudou e, comandada pelo técnico Rinus Michels, a
seleção apresentava um futebol diferente que consistia no jogo coletivo.
Liderada
dentro de campo por Johan Cruyff, a seleção da Holanda jogava de maneira
coletiva, utilizando-se da ocupação de espaço por jogadores, que dificultava o
passe do time adversário e facilitava o toque de bola holandês. Outra
característica dessa equipe, era a não existência de posições fixas para cada
jogador. Sendo assim, todo o time defendia e atacava ao mesmo tempo.
Por
conta dessas características a seleção holandesa ficou conhecida como
“Carrossel Holandês”, já que cada jogador mudava de posição a todo momento,
como se fosse um carrossel em constante movimento. Outro nome dado ao esquema
tático de jogo da Holanda é o de “Futebol Total”.
As
seleções que jogavam contra a Holanda se deparavam com uma marcação pressão na
saída, toque de bola dentro do campo adversário e, de uma hora para outra,
todos os jogadores holandeses atacavam um jogador adversário que estivesse com
a bola naquele momento. Este não tinha para quem tocar e muito menos como fazer
uma jogada individual. Dessa forma, a seleção holandesa conseguia retomar a
posse da bola e dar início à um contra-ataque.
Na
Copa do Mundo de 1974, a seleção da Holanda venceu cinco partidas de sete jogos
e empatou uma, perdendo a final de virada contra a Alemanha de Franz
Beckenbauer, por 2 x 1.
Apesar
de não ter sido a campeã da Copa do Mundo de 1974, a seleção da Holanda ficou
marcada como uma das melhores da história, por conta da forma tática, coletiva
e criativa que os jogadores se comportavam dentro de campo. O futebol coletivo,
e diferente dos padrões de outras seleções, mostrou-se bastante eficiente,
tanto que, atualmente, times como o Barcelona aplicam alguns conceitos do
“Carrossel Holandês” em campo e têm bons resultados.
Por Wellington Monteiro
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